Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão
Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lajedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...
(Cora Coralina, in: Melhores Poemas)
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão
Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lajedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...
(Cora Coralina, in: Melhores Poemas)
muito expressivo gostei ...
ResponderExcluirSensibilidade a flor da pele, a cada texto!
ResponderExcluirBeijos RAROS
Fernando(Skipe)
Vim visitar seu blog também.
ResponderExcluirAliás, conheci o museu da língua portuguesa no sábado passado e a exposição que está lá é da Cora Coralina.
Muito bonito seu blog.
Aparecerei mais vezes.
Beijos
que triste..
ResponderExcluirmas gostei!
bjinhos
Olá! Vim retribuir a sua visita lá no meu cantinho.
ResponderExcluirAdorei o poema.
Beijos
Nossa, que triste! Espero que todos possam encontrar um amor pro seu coração. Mas é lindo o poema, de qualquer forma.
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