"As coisas mais mesquinhas enchem de orgulho os indivíduos baixos.

Dê a todas pessoas seus ouvidos, mas a poucas a sua voz..."


Meia - noite. Hoje já é amanhã.
Mas se fosse ontem também pouco importaria.
Importa é que você aparece de novo. Hora da meia–noite.
Se houvesse uma igreja aqui perto, os sinos tocariam.
Ou lobisomens surgiriam. Ou Cinderelas cairiam.
Ou, ou, ou. É de novo você.
Por todas as meia–noites sempre permanece. Reaparece.
Envelhece a dúvida. Rejuvenesce.
Porque a noite já não é mais meia.
Os lençóis já não são ásperos.
Eu já não sou como antes da noite e meia em que meus olhos se fecharam para abrir cegos.
Porque a noite é inteira. Tudo escuro.
E eu andando no escuro sei andar.
Quase não esbarro. E ando.
Mais um pouco.
Até que a luz invade minhas retinas e o escuro adquire matizes e eu, deslumbrada, com palavras, tento repetir o que sinto ao abraçar quem eu amo na noite escura.

Raros, boa noite!!!Shalom

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....enquanto houver vc do outro lado Aqui do outro eu consigo me orientar...!Obrigada pelo comentário seja bem vindo a parte de mim....